"4 de junho de 1778 - O vigário da freguesia de Cacia, D. José da Pureza de Nossa Senhora, foi autorizado a continuar a construção da Capela de Santo António, no lugar de Vilarinho, a qual tinha sido principiada pelo seu antecessor, padre José dos Santos Pires."
Bibliografia: Ramos, Porfírio (1997). Breve Cronologia Caciense. Cacia: Centro Social Paroquial de Cacia, pp. 23.
Morada: R. do Salgueiral, Vilarinho, Cacia (Obter direções)
A celebração deste que é um dos doze apóstolos de Cristo, conta com missa, atuações de bandas e conjuntos musicais, fogo de artifício e uma procissão acompanhada de banda. Neste dia, é tradicional as famílias almoçarem chanfana cozinhada ao lume em barro preto e galo.
Morada: R. Dr. Marques da Costa 60, 3800-596 Cacia (Obter direções)
Morada: R. Conselheiro Nunes da Silva 37, 3800-538 Cacia (Obter direções)
A CASA DO POVO foi criada a 12 de junho de 1943 (aprovado o alvará), no tempo de Salazar, com o objetivo de dinamizar espaços culturais para o povo de cacia, procurando também promover apoio de âmbito social aos mais necessitados.
O primeiro Presidente da Direção da Casa do Povo foi Manuel Pereira da Silva.
Em 1971, foi criado o Regime Especial de Providência para os trabalhadores agrícolas, e as pessoas começaram a descontar, possuindo assim direito à assistência medica e alguns benefícios no âmbito desse apoio social.
Em 1986, a Casa do Povo de Cacia deixou de ser uma repartição pública e passou a ser uma associação.
(Informação partilhada por Porfírio Ramos)
Morada: R. Ten-Cel. Afonso Lucas 97 (Obter direções)
Em 1985, na aldeia de Vilarinho, perto de Aveiro, o cavaleiro José Maya Seco canalizou o seu gosto pelos cavalos e um jeito inato com as crianças, para fazer nascer a Escola Equestre de Aveiro. Na conquista desse sonho formou-se como Monitor de Equitação no CMEFED. Também contribuiu a existência de uma quinta de família onde o seu Pai já tinha iniciado a criação de uma coudelaria cujo cavalos eram marcados pelas iniciais do seu nome.
Surgiram os primeiros alunos, concursos, passeios, acampamentos e uma "família" que foi crescendo, marcando para sempre todos os que por ela passaram.
A Escola Equestre de Aveiro através do ensino da equitação desenvolve também outras competências importantes no desenvolvimento de qualquer criança, como por exemplo a disciplina e a responsabilidade, a concentração e a motricidade, a coragem e a determinação, e um gosto natural pela vida ao ar livre perto da natureza.
A Escola Equestre de Aveiro, é reconhecida nacionalmente pela Federação Equestre Portuguesa, pelo Instituto de Desporto de Portugal e como um Pólo de Formação de Equitação Terapêutica da Escola Nacional de Equitação. Localmente além dos seus cerca de 120 alunos está protocolada com diferentes equipamentos infantis e instituições de apoio ao cidadão deficiente.
O espaço físico, sem dúvida um privilégio da Escola Equestre de Aveiro, permitiu a expansão a outras áreas de intervenção como a:
- Educação não formal através da fundação da Quinta Pedagógica de Aveiro;
- Aventura com equipamentos e actividades de lazer.
Foram 25 anos de muito empenho, dedicação, esforço, alegrias e tristezas que fizeram a Escola Equestre de Aveiro que hoje conhecemos e muitos recordam como uma parte importante do seu percurso e daquilo que são hoje.
Morada: R. da Cruz, 3800-617 Cacia (Obter direções)
Telefone: (+351) 234 912 108
O Grupo Folclórico da Casa do Povo de Cacia tem vindo a preservar, desde 1978, um enorme espólio tradicional ligado a utensílios de antanho. Estes mesmos artefactos e peças museologicas têm vindo a ser guardados e preservados na Casa do Povo de Cacia desde então, surgindo, em 2014, um espaço museológico.
Neste espaço existe uma cozinha antiga, equipada com várias peças, um espaço para as diversas artes e ofícios, desde os trabalhos ligados ao rio, ligados ao campo, tear de esteiras de bonho, sapateiro, amola tesouras, ferro – velho, entre outros.
Todas as peças estão devidamente inventariadas e catalogadas, sendo que, sempre que ha doacções ou aquisições, efectua-se o registo e inserção das peças no local adequado.
Este espaço tem sido usado enquanto museu vivo, com dinâmicas reais expostas nas várias divisões.
Morada: R. Ten-Cel. Afonso Lucas 93, Cacia (Obter direções)
Durante duas semanas, as tasquinhas das associações da freguesia de Cacia dão a provar as suas especialidades gastronómicas, com os fundos a reverter inteiramente para elas. Também há mostra e venda de artesanato local. Durante o evento, há atuações de bandas e conjuntos musicais, entre os quais, artistas locais, atividades desportivas e missa.
Local: Mercado de Cacia
Datas: Junho/Julho
Organização: Junta de Freguesia de Cacia com o apoio das associações
Morada: Av. Fernando Augusto de Oliveira 10, 3800 Cacia (Obter direções)
Aviso: Água imprópria para consumo
"(...) A viella da Margarida,
Água fresca e querida,
Por ella devia dar a vida,
Até jesus crucificado!"
Excerto retirado in Matos, Venâncio da Silva, 1913, Cacia terra linda, Papelaria Fernandes & Cia, Lisboa
Morada: 40.693818, -8.605432 (Obter direções)
Aviso: Água imprópria para consumo
"O Sancho e o Mencho eram dois gémeos solteirões que viviam nas imediações do que agora é a Levada. Apesar de gémeos, eram muito diferentes na maneira de ser. O Sancho era muito trabalhador, poupado, com uma vida muito regrada. Ao contrário, o Mencho era um grande calaceiro, gastador e amigo da bebida. A meio de uma noite de verão, o Mencho acordou com um barulho e apercebeu-se de que o irmão estava a preparar-se para sair do casebre, com uma enxada na mão e um pote debaixo do braço. Manteve-se quedo na enxerga, dando algum tempo para o Sancho se afastar da porta, saltou da cama, pôs um capote pelas costas e lá foi ele, pé ante pé, na peugada do mano. À distância, viu que aquele abria uma cova ao pé de um carvalho velho. Intrigado, aproximou-se um pouco mais e, para sua surpresa, descobriu, com a ajuda da luz pálida da lua, que o pote estava cheio de moedas de ouro.« - Grande sovina, aquele meu irmão», pensou. Ainda viu o Sancho tapar o pote e depositá-lo, com cuidado, na cova, mas decidiu regressar rapidamente a casa e à enxerga, fingindo que nada se tinha passado. Mas, aquelas moedas no pote não lhe saíam da cabeça. O desejo de lhes pôr a maõ incendiavam-lhe o cérebro. Depois do resto da noite em branco, levantou-se cedinho com um plano de se tornar rico à custa do ouro do irmão. Ao contrário do que era habitual, ofereceu-se para acompanhar e ajudar o Sancho nas limpezas da cavalariça de uma família abastada da terra. Já nas instalações da estrebaria, na primeira oportunidade, deu um cacete no toutiço do irmão, fazendo-o perder os sentidos Sentou-o contra um poste, atrás de um cavalo, começando a acicatar maldosamente o equídeo. O cavalo reagiu com coices poderosos sobre a cara e o peito do Sancho, acabando por lhe tirar a vida. O animal acabou por ser abatido pela fúria assassina de que, aos olhos do alveitar, fora acometido, e o espertalhão do Mencho indemnizado pelos donos do cavalo, em reparação pela perda do seu ente querido.
Depois da valente ressaca do dia do funeral, o Mencho esperou pelo entardecer, pegou numa enxada e dirigiu-se ao velho carvalho, na esperança de finalmente receber o seu tesouro. Lá chegado, começou a cavar, a cavar, mas nada. Tentou um pouco à direita, cavou, cavou, outra vez sem êxito. Depois à esquerda, também nada. Estranhamente os buracos começaram a ficar enlameados. Continuou a cavar, cada vez com mais violência, até que começou a sentir o chão a fugir-lhe dos pés. Num instante, foi engolido por uma nascente que, naquele momento, surgira das entranhas da terra. Nunca mais, desde então, deixou de jorrar e é agora conhecida pela Fonte do Olho."
Texto de Porfírio Ramos, Ecos de Cacia (outubro 2017), pp.4 e 5
Morada: 40.685250, -8.606472 (Obter direções)
Morada: Av. Fernando Augusto de Oliveira (Obter direções)
"13 de Fevereiro de 1321 - Primeira referência escrita à igreja de S. Julião de Cacia, numa relação das taxas das ifrejas do Arcediagado do Vouga.
A igreja paroquial é dedicada ao mártir S. Julião, mártir cristão, natural de Antioquia, degolado no ano de 308 à ordem do imperador Diocleciano. Desconhece-se a data da sua construção, admitindo-se que o edifício primitivo possa mesmo ter sido anterior à fundação da nacionalidade. O templo foi construído num sitio ermo, afastado da povoação, aproveitando a existência das ruínas do referido oppidum. A construção, de linhas românticas, pouco conserva do original. Parte do atual edifício poderá ser do século XVII. A esse século pertencem, além do arco cruzeiro, os dois arcos retabulares do corpo. O retábulo principal e os dois colaterais são de madeira e conservam a douragem primitiva. Foram executados no final do século XVII pelo imaginário portuense António Gomes.
A igreja detém um conjunto razoável de peças de estatuária - cerca de uma vintena - algumas das quais de grande valor, e um quadro a óleo do século XVIII, de oficina lisbonense, representando as Almas do Purgatório."
Fonte: Dossier de imprensa (organizado por Porfírio Ramos, a 25/06/1998). Disponível na Biblioteca do IDEC.
Morada: R. Marquês de Pombal 99, 3800-527 Cacia (Obter direções)
António José Bartolomeu, "Tó-Zé", como era conhecido entre amigos, liderava a única equipa de jornalismo radiofónico aveirense que acompanhava os jogos dos aurinegros. Era desenhador, e funcionário da Câmara de Aveiro. Desempenhou funções como autarca na freguesia de Cacia, onde residia.
Morada: Av. Fernando Augusto de Oliveira, 3800-540 (Obter direções)
Agostinho Pinto, ex Consultor na PT/MEO, ao longo de mais de 4 décadas,"cidadão do mundo” abriu em 2006 um museu privado, denominado o Museu dos telefones. Celeiro Ti Deolinda, local onde concentra no primeiro andar de um imóvel situado numa rua estreita de Sarrazola, uma pequena localidade da freguesia de Cacia, concelho de Aveiro.
Foi em 1971, precisamente no ano em que iniciava a sua carreira nas telecomunicações, nos então CTT, que a paixão pelos telefones, se iniciou. O espólio atravessa 3 séculos de história, que vai desde a época da bateria local, do manual, passando pelo automático, até ao digital. As peças mais importantes são: telefone de parede Lars Magnus”E” tipo AB 230-1882;Telefone de Mesa Ericsson AC 110-1892,Telefone de mesa Siemens tipo Coluna-1930,modelo em que foi feita a primeira chamada internacional, pelo Presidente Óscar Carmona, para o Rei de Espanha em 1928,e o Telefone de mesa Aptofone-1940.A condição primeira, e para a qual foi criado o Museu dos telefones, foi dar a conhecer aos meninos e jovens, o que é o mundo fascinante das telecomunicações, e como funcionavam os telefones de bateria local, ativados por manivela, ligados ponto a ponto, que podem experimentar em tempo real, assim como fazerem e receberem chamadas através do PBX, ocupando a posição de telefonista, carreira já extinta. De todo o espólio, e que tem a ver com telefones, destaca-se pela sua raridade uma “lista”dos anos 50, Guia dos Correios Telégrafos e Telefones, Continental, Insular e Ultramarino.
24-11-1877 -Primeira Experiência com Telefones no nosso País, ligando Carcavelos à Estação do Cabo.
26-04-1882- Inauguração Oficial da Rede de Lisboa.
19-05-1882 -Primeira lista de assinantes de Lisboa, com 22 assinantes.
22-12-1987 -1ª Central Digital Aveiro.
17-12-1992 -Criação da Telecom Portugal, Decreto de Lei nº227/92.
14-05-1994 -Fusão CTT/TLP/Marconi e TDP, e a criação da Portugal Telecom, Decreto de Lei 87/92 de 14 de Maio.
17-11-2007- Primeiro Site do Museu dos etelefones.
Morada: R. de João Chagas 56, 3800-597 Cacia (Obter direções)
Telefone: (+351) 234 911 314 (Telefonar)
E-mail: museudostelefones@sapo.pt
"Em Agosto de 1915, quando ainda sopravam com força os ventos da 1ª República, um alfaiate, de seu nome João Joaquim Nunes da Silva, tomou a cargo a publicação de um semanário «Republicano, Noticioso e Defensor dos Interesses de Cacia e Terras », com o objetivo de libertar o povo da terra (...). Nasceu assim o primeiro jornal publicado na nossa freguesia com o título Ecos de Cacia. Infelizmente, um ano depois, o alfaiate-jornalista adoeceu gravemente e acabou por falecer. Com a sua morte terminou a Publicação Ecos primitivo. Em julho de 1920, outro alfaiate, Raúl Valente Conde, fez sair o primeiro número d'O Povo de Cacia, com a intenção de preencher a lacuna que o Ecos de Cacia deixara. Por dificuldades de vária ordem, O Povo de Cacia também teve vida curta, deixando de se publicar em 1922.
Em Março de 1925, pela mão do popular Venâncio da Silva Matos, nasceu O Jornal de Cacia (...) Entretanto em Aggosto de 1930, José Marques Damião reactivou o Ecos de Cacia (...).
Com grande perseverança e espírito de sacrifício (José Marques Damião) dirigiu o Ecos de Cacia até 1956, passando, a partir dessa data, a ser conduzido pelo filho Manuel. Este continuou a obra do pai e, também com grande sacrifício, manteve a publicação do Ecos de Cacia até à data da sua morte, em 2000. Em Novembro desse ano, a viúva de Manuel Damião, D. Judite Cavaleiro Hneriques fez a doação do espólio do Ecos de Cacia à Junta de Freguesia de Cacia (...) A terminar refira-se que Manuel Marques Damião, que em 1956 tomou conta do Ecos de Cacia, lutou até ao fim da sua vida, com 78 anos em 2000, pela publicação do jornal, sendo, desde o inicio seu redator, angariador de publicidade, distribuidor e compositor, sem a ajuda de ninguém. O jornal foi sempre impresso (até ao ano 2000) na máquina de chumbo que agora se encontra no Museu."
in 'Ecos de Cacia' 9 Setembro 2017
O Museu encontra-se aberto à população através de marcação na Junta de Freguesia de Cacia.
Morada: Av. Fernando Augusto de Oliveira 6A, 3800-540 Cacia (Obter direções)
Telefone: (+351) 234 912 439 (Telefonar)
Morada: Av. Fernando Augusto de Oliveira (Obter direções)
Começa no sítio do Murçainho, em Sarrazola, freguesia de Cacia, e termina na Cale do Espinheiro, na ria de Aveiro.
O nome de Rio Novo do Príncipe tem duas razões: "rio novo" porque, naturalmente, se trata de um curso novo para o Vouga na sua parte final; "do príncipe" porque a abertura do canal se ficou a dever ao então príncipe regente D. João, futuro D. João VI.
O facto de se falar de um "rio novo" pressupõe, como é evidente, a existência de um "rio velho", que era o curso primitivo do Vouga, mais estreito e sinuoso, a partir do sítio do Murçainho, em Sarrazola, até perto do Bico da Murtosa, onde era, antigamente, a foz.
Segundo refere Bartolomeu Conde no seu opúsculo "O Rio Novo do Príncipe. Causas e Vantagens da sua Construção em 1815", o canal tem uma extensão aproximada de cinco quilómetros. Tem, no seu início, uma largura de sessenta e dois metros, que se mantém por uns três quilómetros, praticamente sempre em linha recta, estreitando depois um pouco, até desembocar na Cale do Espinheiro, onde apresenta uma largura de cerca de cento e vinte metros. É aqui, desde a construção do canal, a foz do rio Vouga.
Texto de Jorge Cunha (2011) in http://aveiro-espaco-tempo-memoria.blogspot.com/2011/02/o-vouga-o-rio-velho-e-o-rio-novo-do.html
Morada: 40.695023, -8.608343 (Obter direções)
Um espaço com muitas histórias para contar. Ainda hoje é usado pela população.
Morada: R. Ten-Cel. Afonso Lucas 60-62 (Obter direções)