23-07-1953 — Iniciou a sua laboração, em Cacia, a fábrica de Celulose, posteriormente integrada na «Portucel» (Correio do Vouga, 28-7-1978) - J.
“As instalações fabris da Companhia Portuguesa de Celulose ocupavam uma superfície de terreno de forma triangular, com uma área de cerca de 400 000 m2, no lugar da Marinha Baixa, em Cacia, limitada pelo Rio Vouga, pela estrada nacional Aveiro-Porto e pela linha férrea Lisboa-Porto.
A proximidade do Rio Vouga, que fornece a água necessária para o fabrico, e a da via-férrea e da estrada nacional, que permitem um fácil aprovisionamento de matérias-primas e o escoamento dos produtos fabricados, tornam privilegiada a localização das instalações fabris.
Entrou em laboração no 2.º semestre de 1953, tendo, então, uma capacidade de produção de 114 t/dia de pasta de madeira, 100 t/dia de papel e 50 t/dia de cartão canelado. Essas capacidades de produção são hoje, respetivamente, 500 t/dia de pasta, 150 t/dia de papel e 80 t/dia de cartão canelado.
Faz-se notar que as capacidades de produção de cartão canelado se referem a períodos de 14 horas úteis de trabalho.
Parte da pasta produzida é branqueada, tendo as capacidades de branqueio, no período referido, passado de 100 para 350 t/dia.
Fabrica ainda, a Companhia Portuguesa de Celulose, sacos de papel e fita gomada, sendo a produção, respetivamente, 12 t e 1 t em cada período de 8 horas.
Para além dos aumentos de produção acabados de referir, também a qualidade dos produtos fabricados atingiu tal nível, que não há dificuldade em exportar todas as pastas e papéis produzidos que não são absorvidos em consumo interno ou pelo mercado nacional.